Outra vez.
Novas promessas. Novos caminhos.
Sinto o cheiro da leveza, da lucidez, com notas de devaneios, acompanhado da entrega e para completar um suave tom de promessas, todos enchem meu copo e são companhias enquanto brindo o novo ano que chega.
Dessa vez a promessa é de entrega, sentir cada segundo, viver cada momento. Os sonhos já se tornaram reais, em proporções inimagináveis, agora só resta viver.
E a busca? Esse sentimento constante de querer mais e mais, nunca estar satisfeito, não parar até encontrar...
Mas encontrar o que?
Ora, que pergunta boba. Encontrar quem sou de verdade, mesmo mil vezes acreditando que já descobri, sempre tem algo mais, algo de obscuro, envolvido na magia que é aprender.
Quero encontrar, entregar, sentir. Ser essa magia, não deixar de acreditar. Prometer, ainda que o impossível, significa compromisso. Compromisso pode significar obrigação, mas ainda assim começo o ano não me obrigando a nada, mas me comprometendo a apenas fazer o que penso que devo, a não deixar me obrigar.
A cada ano descubro mais de mim, mais dos outros, mais do mundo, dos seus desejos, dos meus desejos. Entendo o significado de entrega. Aumenta meu desejo de viver essa entrega.
Viver. O mundo. Viver no mundo. Viver para o mundo.
Quero ser de verdade tudo que cabe em mim, quando não mais couber, aceitar, deixar transbordar, mas nunca deixar de viver o que o mundo espera de mim, mas ainda assim sem me render às expectativas do mundo e girar em torno dele enquanto ele gira em torno de mim.
Ser plenitude, ser cura, curar-me, curar quem precisa, enxergar, sentir cada chaga, sentir cada dor.
Sorrir em cada alegria, oferecer um sorriso ainda que triste.
Ser a esperança que não existe. Não deixar a esperança que existe morrer.
Salvar-me, salvá-los, salvar-nos.
Viver a salvação.
Viver.
Feliz 2017!